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terça-feira, 20 de maio de 2014

Compaixão no lar e na escola, por quê não?


    O que tem haver família e escola com compaixão, será a indagação de muitos ao lerem este título. Mas convido à reflexão. O que vem a ser e ter compaixão?
    Não venho aqui falar de religião, nem pretendo, visto que é um assunto muito delicado, onde todas merecem o respeito em suas verdades e crenças, desde que não contrariem direitos dos outros enquanto seres humanos, em beneficio próprio. Venho chamar a atenção de pais e professores para as suas ações enquanto pais, no lar, e enquanto professores, na escola, e para o conceito de compaixão e assim, levá-los a se questionarem se em seus perfis enquanto pais e professores, usam deste sentimento como meio de se auto-avaliarem no trato para com as crianças sob os seus cuidados.
    Vamos entender melhor, compaixão não é sentimento propriamente, que vem de "Deus" para com seus "Filhos", existe entre nós seres humanos também, e precisa ser exercitado. É um grande facilitador para que se tenha sucesso nas relações interpessoais e avanço nos vários campos da aprendizagem.
    Ter compaixão é se colocar no lugar do outro, é "se colocar como criança" sob os cuidados de pessoas como você, "na condição de adulto", e se perguntar sou feliz sob os cuidados destes "eu pai", "eu mãe", "eu professor"? Eles me atendem em minhas reais necessidades? Pois nem sempre é preciso que me deem tudo o que quero ou peço, mas o que realmente eu preciso. Me orientam de modo que eu me instrua e me torne um melhor humano a viver em meio a outros humanos em plenitude, dignidade, humanidade, amor e paz?
    Compaixão significa ter a capacidade de sentir aquilo que a outra pessoa sente, aproximando-se de seus sentimentos, ser solidário, como se ver no lugar do outro. Agindo com compaixão ampliamos as possibilidades de criarmos mecanismos, técnicas, metodologias que busquem atender de modo satisfatório cada ser em suas reais necessidades, bem como na aplicação de direitos, como na aplicação de deveres, instruindo positivamente, mesmo ocorrendo erros, e quem não erra? Nos erros também há as possibilidades dos acertos, isso não significa que devamos passar por eles, mas aprender também com as experiências alheias e compartilhadas no decorrer da história humana e evoluir a partir destas com mais possibilidades de acertos.
   Ensaio, erro e acerto fazem parte do humano, e o tem alavancado em sua evolução na mesma proporção e velocidade que o tem feito regredir em alguns aspectos em relação aos cuidados com o meio ambiente e fatores de desumanização e alienação populacionais, que com certeza o uso da compaixão poderia, ou poderá "calibrar" e trazer à equidade a família real e a escola também real, proporcionando às mesmas qualidade e sucesso.
    Pais e professores, usem de compaixão e caminhem na direção de um lar e escola melhores e mais felizes.

Pedagogo, escritor e poeta Adalmir Oliveira Campos


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