Uma das maiores dificuldades dos profissionais da educação em sala de aula nos dias atuais, com certeza é a disciplina, ou melhor, a falta dela.
Disciplina é de grande importância no dia a dia na sala de aula, no lar e na sociedade de um modo geral. E toda ajuda para que ela ocorra é bem vinda! Para isso, família, escola, sociedade organizada, e órgãos competentes das varas da infância e adolescência devem estar de mãos dadas e, criar vínculos saudáveis e encontros periódicos para estudarem o tema e criarem a partir destes estudos, estratégias para que em sala de aula os conflitos gerados possam ser minimizados ou extintos de modo que o processo ensino-aprendizagem ocorra o mais saudável possível e não se torne um ringue de luta livre entre professores e educandos.
Disciplina não é sinônimo de ordem absoluta em sala de aula onde impera o silêncio total e pessoas sempre sentadas. Isso é impossível em se tratando de seres vivos e humanos. Mas é sinônimo de respeito ao educador e às autoridades instituídas, seja na escola ou fora dela, no saber falar, no saber ouvir, no saber agir, na hora de brincar, na hora de estudar, na hora de falar sério, na hora de prestar atenção, na hora de descontrair, no respeito às regras e convenções sociais propostas pela sociedade, lar e escola. Onde ensinar e aprender torna-se prazeroso para ambas as partes, educadores (pais e professores, responsáveis legais) e educandos.
O mundo em que vivemos, é influenciado por regras e sanções, e na sala de aula não pode ser diferente. À medida que o educando tem direitos, seja enquanto criança ou adolescente, implicitamente, ele tem também os deveres, e ambos devem ser aplicados de modo igual e sem distinções. Buscando em primeiro lugar, conscientizar cada educando que o maior ganho na vida dele é a aprendizagem tanto teórica quanto prática dos conhecimentos e como estes serão utilizados em suas vidas no decorrer de suas histórias, sem perderem o foco de que ações geram reações, e que toda ação gera uma consequência, seja positiva ou negativa elas devem ser aplicadas, recebidas e tratadas com responsabilidade, aplaudidas quando positivas, e refeitas quando possível, se negativas e assim punidas, dando a oportunidade de novas escolhas, mudanças de comportamentos/ hábitos negativos por comportamentos/ hábitos positivos.
Não existem receitas para se manter a disciplina em sala de aula, mas há alguns direcionamentos que podem ocasionar resultados satisfatórios:
* Preparar a aula com antecedência e buscar diversificar para não cair em monotonia;
* Buscar sempre novas tecnologias, técnicas e metodologias de práticas no ensino aprendizagem;
* Criar junto com o educandos regras e sanções e aplicá-las quando necessárias;
* Em casos em que a indisciplina seja recorrente buscar conversar com os pais e ver o que pode ser feito em relação à situação conflituosa;
* Em casos em que a indisciplina seja recorrente e possa vir a causar riscos à própria criança, colegas, pais e professores, buscar auxílio junto à família, Conselhos Tutelares, Superintendências Regionais de Ensino, Centros de Apoio e Integração de crianças e adolescentes;
* Diversificar o ambiente, mudar carteiras de lugar, dar aula em outros espaços da escola, fazer excursões, dentre outros;
* Trabalhar jogos psicomotores, esportes, artes, os quais estimulam a aprendizagem, desenvolvem noções de regras e sanções, diversos tipos de diálogos/ comunicação, bem como noções de civismos e cidadania, além de permitirem a expressão das emoções e sentimentos represados, os quais podem ser também geradores de indisciplina, além de promoverem aprendizagens na superação de conflitos;
* Buscar criar vínculos de amizade, confiança e respeito através de exemplos práticos, lembrando que educador, professor, profissional da educação não é "tio";
* Deixar claro para o educando que apesar deste vínculo de amizade, o professor é a autoridade dentro da sala de aula e enquanto responsável legal no momento, merece o respeito, assim como os pais;
* Usar reforço positivo, o que nem sempre precisa ser um doce ou brinquedo (bem material), pode ser, um elogio, uma hora para brincar, um aperto de mão, um abraço, dar os parabéns, sempre valorizando os comportamentos e atitudes positivas;
* Deixar sempre claro aos educandos que não são eles, e sim os comportamentos e atitudes que são negativos ou positivos. Os quais devem ser "corrigidos" (orientado e trocado por outro comportamento e ou atitudes mais positivos) se negativos, e aplaudidos se positivos;
* Manter sempre um postura adulta diante dos alunos, evitando nervosismo, gritos, xingamentos, chantagens emocionais, ameaças. Isso não são bons exemplos práticos;
* Sempre que necessário, realize rodas de conversas que levem os alunos a se auto avaliarem e a verem seus comportamentos e atitudes negativos e positivos. Em seguida, os leve a criarem estratégias para reforçarem os comportamentos e atitudes positivos e realizarem a troca de comportamentos e atitudes negativas por outros positivos; Criando assim metas que eles consigam alcançar gradativamente.
Fica a dica, você também pode contribuir com suas experiências nos comentários, colabore com a educação, as pessoas do presente e do futuro agradecem!
Boas férias e bom trabalho em 2014.
Pedagogo( escritor e poeta) Adalmir Oliveira Campos
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