Não me importa sua parte exterior,
se há rugas, espinhas ou qual seja
a sua cor.
O que há por dentro é que nos iguala.
O sangue vem vermelho para todos.
E o túmulo confirma, que entre
humanos, quando se fala de matéria,
não há diferença.
O que vai além, é o caráter, a raiz,
a essência.
Não me importa a tua cor.
Se é colorida feito arco-íris ou
neutra como o preto e o branco.
Só sei que em uma palheta de cores
todas são importantes.
Cada ser humano é único e disto
há de saber. Cada um tem o seu
"por que" de estar no mundo, e
quem decide ou define isto não
tem nada a haver com raça,
credo, orientação sexual, ou cor.
Se o dia é da consciência Negra,
que se dê o devido valor, mas
consciência que se presa, respeita
qualquer cor.
O negro, o branco, o amarelo,
o vermelho, albino, o pardo...
No fundo, no fundo, não passam
de Homos Sapiens, denominada
raça humana.
Irmãos de sangue, que por
ignorância ou exacerbado amor
próprio e vontade de ser o bam bam,
se dividem por cor e gênero,
por questões de inteligência e
ignorância, de coragem e covardia,
de riqueza e pobreza, por religião,
futebol, e etcetera..
Cada cabeça a sua sentença.
Mas deixar de respeitar o outro,
invadindo o seu espaço, no
preconceito e discriminação,
usurpando seus direitos, excluindo-o
como cidadão, já é caso de polícia,
seguida de prisão.
É necessário que a lei exista,
e mais ainda, que seja prática,
ágil e eficaz, pois questões
de racismo já não engulo,
com certeza não dá mais.
Que o dia da Consciência Negra,
seja sempre dia de paz, o que a
caneta enseja, é que tratem a todos
assim como somos, grandes irmãos,
e pelas leis universais todos iguais.
Texto do poeta patrocinense Adalmir Oliveira Campos
20/12014 Dia da Consciência Negra